26 de setembro de 2014

Educadoras, auxiliares e afins

Apanhei hoje pela primeira vez alguém que se preocupa com o trabalho dos pais, que entendem que os pais também têm um trabalho.
Até agora, sempre que o J. aparecia com febre tinha que o ir buscar a correr, chegaram a pedir-me para ele faltar uma semana à escola (porque a adaptação dele após as férias de Julho estava a ser péssima..).

Os pais trabalham. Os pais precisam re trabalhar para ter dinheiro para os sustentar.
Alguns pais não têm horário flexível, têm que cumprir os horários ao minuto. Têm férias marcadas e não dá para alterarem consoante as vontades da escola. Alguns pais não têm onde deixar as crianças quando elas estão doentes ou quando a escola está fechada.

Até agora tenho tido muita sorte pois felizmente tenho quem tenha podido ficar com eles quando estão doentes mas ha mais netos e não podem ser sempre os meus. Há que gerir o mal pelas aldeias.

Hoje ligaram-me da escola, o M. Está com febre. Na verdade, algo que já estava a prever e algo que falei hoje de manhã quando o deixei.
Disse que o ia já buscar. Responderam-me do outro lado da linha "oh mãe, veja lá. Nós podemos dar o almoço, não quer?"

Hoje pela primeira vez na escola dos meus filhos alguém se preocupou com a saída repentina dos pais do trabalho. E eu, eu estou muito feliz por alguém se ter preocupado com isso.

E agora, agora estou a chegar à escola dos meus filhos. Vou buscar o M. já almoçado. Mas isso permitiu organizar o meu trabalho e não sair assim de rompante. 

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